sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Chique é ser Discreto!

SER CHIQUE SEMPRE - GLÓRIA KALIL

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo
carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

Chique mesmo é ser discreto.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuaçõe inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.

É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!

Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!

(Texto de Glória Kalil)


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

1, 2, 3, ou Alguém Especial?

"Alguém Especial  (Texto de Ivan Martins)
“Ficar com muita gente é fácil”, diz um amigo meu, com pouco mais de 25 anos. “Difícil é achar alguém especial”.
Faz algum tempo que tivemos essa conversa. Ele tentava me explicar por que, em meio a tantas garotas bonitas, a tantas baladas e viagens, ele não se decidia a namorar.
Ele não disse que estava sobrando mulher. Não disse que seria um desperdício escolher apenas uma. Não falou em aproveitar a juventude ou o momento e nem alegou que teria dificuldade em escolher. Disse apenas que é difícil achar alguém especial.
Na hora, parado com ele na porta do elevador, aquilo me pareceu apenas uma desculpa para quem, afinal, está curtindo a abundância. Foi depois que eu vim a pensar que existe mesmo gente especial, e que é difícil topar com uma delas.
Claro, o mundo está cheio de gente bonita. Também há pessoas disponíveis para quase tudo, de sexo a asa delta. Para encontrar gente animada, basta ir ao bar, descobrir a balada, chegar na festa quando estiver bombando. Se você não for muito feio ou muito chato, vai se dar bem. Se você for jovem e bonita, vai ter possibilidade de escolher. Pode-se viver assim por muito tempo, experimentando, trocando de gente sem muita dor e quase sem culpa, descobrindo prazeres e sensações que, no passado, estariam proibidos, especialmente às mulheres.
Mas talvez isso tudo não seja suficiente.
Talvez seja preciso, para sentir-se realmente vivo, um tipo de sensação que não se obtém apenas trocando de parceiro ou de parceira toda semana. Talvez seja preciso, depois de algum tempo na farra, ficar apaixonado. Na verdade, ficar apaixonado pode ser aquilo que nós procuramos o tempo inteiro – mas isso, diria o meu jovem amigo, exige alguém especial.
Desde que ele usou essa fatídica expressão, eu fiquei pensando, mesmo contra a minha vontade, sobre o que seria alguém especial, e ainda não encontrei uma resposta satisfatória. Provavelmente porque ela não existe.
Você certamente já passou pela sensação engraçada de ouvir um amigo explicando, incansavelmente, por que aquela garota por quem ele está apaixonado é a mulher mais linda e mais encantadora do mundo – sem que você perceba, nela, nada de especial. OK, a garota é bonitinha. OK, o sotaque dela é charmoso. Mas, quem ouvisse ele falando, acharia que está namorando a irmã gêmea da Mila Kunis. Para ele ela é única e quase sobrenatural, e isso basta.
Disso se deduz, eu acho, que a pessoa especial é aquela que nos faz sentir especial.
Tenho uma amiga que anda apaixonada por um sujeito que eu, com a melhor boa vontade, só consigo achar um coxinha. Mas o tal rapaz, que parece que nasceu no cartório, faz com que ela se sinta a mulher mais sensual e mais arrebatada do planeta. É uma química aparentemente inexplicável entre um furacão e um copo de água mineral sem gás, mas que parece funcionar maravilhosamente. Ela, linda e selvagem como um puma da montanha, escolheu o cara que toma banho engravatado, entre tantos outros que se ofereciam, por que ele a faz sentir-se de um modo que ninguém mais faz. E isso basta.
É preciso admitir que há gente que parece especial para todo mundo. Não estou falando de atores e atrizes ou qualquer dessas celebridades que colonizam as nossas fantasias sexuais como cupins. Falo de gente normal extremamente sedutora. Isso existe, entre homens e entre mulheres. São aquelas pessoas com quem todo mundo quer ficar. Aquelas por quem um número desproporcional de seres humanos é apaixonado. Essas pessoas existem, estão em toda parte, circulam entre nós provocando suspiros e viradas de pescoço, mas não acho que sejam a resposta aos desejos de cada um de nós. Claro, todo mundo quer uma chance de ficar com uma pessoa dessas. Mas, quando acontece, não é exatamente aquilo que se imaginava. Você pode descobrir que a pessoa que todo mundo acha especial não é especial para você.
Da minha parte, tendo pensado um pouco, acho que a pessoa especial é aquele que enche a minha vida. Ela é a resposta às minhas ansiedades. Ela me dá aquilo que eu nem sei que eu preciso – às vezes é paz, outras vezes confusão. Eu tenho certeza que ela é linda por que não consigo deixar de olhá-la. Tenho certeza que é a pessoa mais sensual do mundo, uma vez que eu não consigo tirar as mãos dela. Certamente é brilhante, já que ela fala e eu babo. E, claro, a mulher mais engraçada do mundo, pois me faz rir o tempo inteiro. Tem também um senso de humor inteligentíssimo, visto que adora as minhas piadas. Com ela eu viajo, durmo, como, transo e até brigo bem. Ela extrai o melhor e o pior de mim, faz com que eu me sinta inteiro.
Deve ser isso que o meu amigo tinha em mente quando se referia a alguém especial. Se for isso vale a pena. As pessoas que passam na nossa vida são importantes, mas, de vez em quando, alguém tem de cavar um buraco bem fundo e ficar. Essas são especiais e não são fáceis de achar."

(Texto de IVAN MARTINS editor-executivo de  ÉPOCA)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Simples assim...

O amor bom é facinho. (Texto de Ivan Martins, diretor-executivo da Época)

Por que as pessoas valorizam o esforço e a sedução?

Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?

Eu suspeito que não.

Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.

Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?

Minha experiência sugere o contrário.

Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.

Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos?

Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?

Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?

Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.

Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?

Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Antes só do que mal acompanhada(o)

São eles ou elas que não querem namorar?
(Texto de Rosana Braga)


Elas reclamam deles. Eles reclamam delas. Homens e mulheres parecem insatisfeitos com o nível de disponibilidade um do outro no que se refere a assumir um compromisso. Mas o fato é que -no final das contas- mais do que atitudes que não agradam ou expectativas diferentes, o problema entre eles e elas tem sido um desastroso equívoco na comunicação, ou na compreensão das manifestações afetivas.

Está claro que homens e mulheres têm alimentado falsas versões sobre como deveriam se comportar para atraírem um ao outro. Pensam, inocentemente, que o ideal é mostrar algo do tipo "estou muito bem sozinho, obrigado!" ou "não preciso de você para ser feliz". A intenção é parecer auto-suficiente e independente, especialmente num primeiro momento. Compreensível, parece-me, já que o contrário realmente não seria eficiente: mostrar-se demasiadamente ansioso para se comprometer, como se toda a possibilidade de ser feliz estivesse justamente na chegada de outra pessoa.

No entanto, o ideal certamente passeia entre esses dois cenários. Ou seja, nem oito, nem oitenta. Os extremos só servem para estereotipar a questão - o que é uma grande cilada! Pessoas extremamente dependentes ou independentes terminam, por fim, muito mais repelindo do que atraindo o outro. A idéia é, sem dúvida, encontrar o equilíbrio. Eis o segredo do sucesso: interdependência! Algo como "estou bem sozinho, e espero que você também, mas talvez possamos nos sentir ainda melhores juntos!".

Desse modo, pergunto: você realmente acredita que existem homens ou mulheres desejando sinceramente viver sozinhos? Pois posso apostar que aquele ou aquela que continua insistindo que não quer namorar, é porque tem um dentre dois motivos! Ou está morrendo de medo de assumir seus sentimentos e reconhecer que adoraria experimentar a intimidade e o amor... Ou simplesmente ainda não encontrou a pessoa que fez seu coração acelerar e sua respiração mudar de ritmo!

Nenhum ser humano livre, espontâneo, saudável e de bem com a vida e consigo mesmo -seja homem ou mulher- se recusaria a viver um romance estando diante de alguém que mexe com seus hormônios e faz suas pupilas dilatarem. Portanto, eles e elas querem, sim, namorar. E quando insistem em demonstrar algo diferente disso, talvez estejam apenas precisando ajustar, reconhecer e revelar a verdadeira razão.

Claro que, enquanto a "pessoa certa" não chega, o melhor é aproveitar a solteirice, divertir-se, fazer amigos e sustentar a bandeira do "estou feliz sozinho". Afinal, concordo com o velho e bom ditado que manda "antes só do que mal acompanhado". Porém, quem está sempre com alguém porque não agüenta a si mesmo ou quem está sempre sozinho porque não sabe como compartilhar sua história com outra pessoa precisa se rever o quanto antes. E não restam dúvidas de que tanto homens quanto mulheres podem estar ocupando esses lugares. Não se trata de uma questão de gênero, mas sim que uma questão humana.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O amor a qualquer custo

Você quer um amor, custe o que custar?

:: Rosana Braga ::


Algumas pessoas, depois de passar um longo tempo sem namorar, entram numa espécie de redemoinho de ansiedade e desespero, pensando e agindo de modo visivelmente desesperado para conseguir engatar um encontro, um caso, qualquer que seja a forma de vínculo.

Claro que a maioria nem percebe essa dinâmica desvairada que adota. Muitos acreditam mesmo que estão apenas "lutando" por alguém que lhes interessa - e nada mais natural. Mas a questão é que sempre tem alguém, ou melhor, essas pessoas se apaixonam e se desapaixonam quase que semanalmente.

Há ainda aquelas que nunca ficam sem uma história de "amor". Estão sempre enroladas e sofrendo. E, assim, terminam assumindo como seus aqueles perfis sustentados pelo azar: "tenho o dedo podre para relacionamentos", "só atraio pessoas erradas", "não nasci para ser feliz no amor", entre outros.

E, apesar disso, praticamente afogadas na inconsciência e na falta de autoconhecimento, essas pessoas não se dão conta de que precisam parar, olhar para si mesmas, sentir e, sobretudo, refletir sobre algumas questões básicas: "o que eu realmente quero?", "o que estou buscando no outro que, talvez, devesse encontrar antes em mim mesma?", "por que será que não tem dado certo?", "será que devo mudar algo em mim para que os encontros sejam mais harmoniosos?".

Se você tem se sentido angustiado, carente e frustrado porque não consegue namorar, cuidado com a cilada do "vou conseguir, custe o que custar". Veja bem: quando você se predispõe a pagar qualquer preço por uma companhia, só pra poder "provar", seja para si mesmo ou para quem quer que seja, que você é capaz de atrair um par, é muito provável que a conta, isto é, o tal preço de custo seja bem mais alto do que você imaginava.

Relacionamento tem de ser caminho para a evolução e não para a involução, para a autodestruição, para a aniquilação de autoestima, segurança e amor próprio. Amor tem de ser gratuito, fluido, gostoso. Encontro tem de ser leve, divertido, motivador. Namoro tem de ser sinônimo de troca, reciprocidade, acréscimo, encantamento.

Mas tudo isso de bom só é possível quando você tiver noção do quanto merece, do quanto realmente pode ser feliz. E, assim, em vez de pagar para ter alguém em sua vida, compreenderá que se fôssemos comparar o entrelaçamento de dois corações com uma negociação, estaria mais para uma permuta: você dá o seu melhor e recebe do outro o melhor que ele tem a oferecer. Ninguém precisa pagar nada. Não há custos, a não ser o da aprendizagem.

Portanto, pare de atirar para todos os lados, desperdiçar os seus dias em função de um outro que você nem sabe se lhe quer. Desespero não atrai e sim espanta, assusta. Lembre-se: para atingir um alvo, você precisa de foco, precisão e conhecimento. E para conquistar um coração, você precisa de sensibilidade, cuidado, respeito e autopercepção. Se conseguir exercitar o melhor dessas artes, é bem provável que você pare de pagar -e muito caro- para viver encontros que mais servem para te roubar toda sua esperança do que para te fazer feliz de verdade...

(Texto por Rosana Braga)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O sexo é muito bom ou é a única coisa boa entre vocês?

O sexo é muito bom ou é a única coisa boa entre vocês?

:: Rosana Braga ::


Imagino que não reste dúvida de que todo ser humano saudável, felizmente, deseja sentir prazer. E se estamos falando de relações sexuais, essa máxima é mais que válida - é o maior intuito. Estar com quem a gente gosta, por quem sentimos desejo e vontade de compartilhar momentos tão íntimos, contribui para nossa saúde física, emocional e mental.

Porém, o que tem me chamado a atenção, já algum tempo, é que algumas pessoas têm transformado o sexo numa espécie de bóia salva-vidas. E o termo "salvar" é no sentido literal mesmo. Só que embora seja muito bom ser salvo, o que sobra depois deste tipo de "resgate", são sentimentos como tristeza, angústia, sensação de vazio e uma auto-estima profundamente abalada.

O que quero dizer é que sexo é realmente muito bom, mas é só uma dentre tantas "partes" que compõem um relacionamento. Além de sexo, é preciso que haja parceria, respeito, admiração, confiança, coerência, diálogo, diversão, troca, entre outros detalhes que transformam os encontros entre os amantes em algo criativo, numa ferramenta de amadurecimento e autoconhecimento.

O que acontece em algumas ditas relações, no entanto, é que o sexo é a única "parte boa" que existe nela. Não existe diálogo, as mentiras correm soltas, a ausência é recorrente, não há confiança nem reciprocidade. Muitas vezes, não existe sequer carinho - a não ser na cama, e olhe lá!

E o pior é que, em geral - e é isso que mais me chama a atenção - a pessoa que vai levando essa relação, mesmo a despeito de vários alertas de amigos e familiares, costuma argumentar sobre a insistência e a dificuldade de rompimento justamente alegando que o sexo é muito, muito bom. Há quem diga que é per-fei-to.

Fico me perguntando se pode ser possível, de verdade, de modo autêntico e saudável, uma relação sexual ser tão boa assim se é praticamente o único momento em que há uma nesga de prazer entre duas pessoas. Reles momentos... E o resto? E os corações? E as expectativas? E a amizade, a parceria, a possibilidade de ajuda mútua? E a entrega?

Sim, sei que o sexo pode até ser bom. E provavelmente é mesmo! Na verdade, o que quero dizer é que quando um único quesito passa a ser considerado o arrimo de sustentação de uma relação, esse quesito termina funcionando como um entorpecente, como se fosse uma droga. A pessoa vicia naqueles momentos de prazer e depois, paga um preço algo. Amarga os efeitos colaterais.

O que sobra, na maioria das vezes, é a sensação de ter sido usado, de ter tido seu sentimento interrompido, desprezado, ignorado. O que sobra é fome de carinho e a esperança, quase desesperada, de que haja um pouco mais desse entorpecente, e logo! Afinal, é a única coisa boa. E, assim, fica fácil ser considerado "perfeito".

Pois vou dizer o que é um sexo bom, muito bom: é aquele decorrente de outros momentos e outras ocasiões também muito boas. É aquele que acontece como consequência de uma relação em que as duas pessoas podem existir, podem falar, podem reclamar e elogiar, podem ser gente de verdade, com todas as suas características legais e nem tão legais assim.

Sexo muito bom é aquele em que os amantes se olham e se enxergam, não só como a possibilidade de um orgasmo "daqueles", mas, sobretudo, como a chance de exercitar o afeto e se sentir parte - isso, sim, é perfeito!
(Texto por Rosana Braga)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Amor Não Correspondido!

Seu amor não é correspondido? Pare de tentar encontrar os motivos... ((Por Rosana Braga)
Poucas situações na vida são mais angustiantes do que viver um amor não correspondido. No entanto, pouquíssimas são as pessoas que nunca experimentaram algo semelhante. Ou seja, amar e não ser amado é, em última instância, uma dor comum, embora bastante pessoal.

E por que será que ainda assim, sendo tão recorrente e fazendo parte da história de bilhões de seres humanos, continua sendo tão difícil lidar com o fato de que o outro não está a fim de continuar ou sequer de começar um relacionamento com a gente?

O fato é que aprender a lidar com a frustração da não correspondência de qualquer sentimento, especialmente dos mais intensos e profundos, é uma das mais duras e importantes lições de todos nós!

A começar pela capacidade de compreender que a razão de o outro não gostar de você da mesma forma que você gosta dele não tem a ver com quem você é exatamente. Ou seja, você certamente é alguém com qualidades suficientes para ser amado, entretanto, isso não é garantia para que a química de um encontro dê certo.

Quando falamos de amor, desejo e vontade, temos de considerar que sempre existe mais de uma parte envolvida. É a máxima do dito popular que avisa que "quando um não quer, dois não brigam" ou não se amam, como é o nosso caso. Mas os motivos pelos quais uma pessoa não corresponde ao seu amor estão longe de ser passíveis de explicação lógica.

Amamos e não amamos por motivos inefáveis, que não estão ao alcance das palavras ou da inteligência racional. Talvez isso explique por que, algumas vezes, amamos aquela pessoa não aprovadas pela maioria de nossos amigos e familiares. Ou por que, noutras vezes, não conseguimos amar aquela que todos dizem ser a ideal para nós, a perfeita.

Esta é a prova de que ficar se consumindo na tentativa de compreender, logicamente, por que o outro não está correspondendo nosso amor é inútil, ineficiente e só nos faz doer mais ainda. Esta é a prova, sobretudo, de que não ser amado por determinada pessoa não é um veredito, não é uma sentença, não é o fim.

Talvez, muito pelo contrário, seja apenas o começo. Seja a nossa grande chance de descobrir uma alternativa melhor. Sim, porque não prevemos o futuro. Não sabemos o que virá. E por isso mesmo deveríamos confiar um pouco mais no fluxo do Universo.

Certamente, já aconteceu com você de considerar um acontecimento péssimo, desastroso e, depois de alguns dias ou meses, ter se dado conta de que algo muito lindo, maravilhoso e imperdível só aconteceu porque havia o espaço deixado pelo que havia considerado um "desastre".

Enfim, não ser correspondido hoje é ruim, eu sei. Dói. E por isso mesmo, sugiro que você chore, esperneie, desabafe e faça o que for possível, dentro das opções saudáveis, de preferência, para esgotar sua frustração e se sentir melhor. Porém, não se destrua, não se acabe e não tome as circunstâncias como determinantes de sua infelicidade.

Permita-se viver um dia de cada vez, apostando que cada noite que chega significa que você está mais distante da tristeza e mais perto de uma nova alegria. Permita-se acreditar que o sol voltará a brilhar em seu coração mais cedo do que você imagina... E siga o fluxo da existência.

E, assim, certo de que ser correspondido é tão possível quanto não ser, e que essa é uma verdade que vale para todas as pessoas deste planeta - até mesmo para aquelas consideradas as mais lindas e sensuais - levante-se, lave esse rosto, vista-se como se fosse celebrar e faça um brinde a si mesmo, ao amor e ao melhor que está por vir!
(*Por Rosana Braga)

sábado, 14 de maio de 2011

O que te faz crescer?

Nós sempre temos nossos medos não é verdade? Medo, ou insegurança, ou tudo misturado talvez!?

Lembro-me de algumas certas situações, que me deram essa sensação.

Quando bebê devo ter tido medo quanto aos meus primeiros passos, mas os tombos com certeza me ensinaram que seria só assim para aprender. Superado.

Tive medo não do escuro, mas de dormir sozinha, eu pulava da minha cama e ia correndo para o quarto dos meus pais, olhava no corredor da casa e sempre via o Incrível Hulk (verdade) correndo atrás de mim. Dormia embaixo da cama deles, senão eu seria expulsa. Superado obviamente.

Medo de tomada, eu não ligava nada na tomada, e meu medo passou quando eu coloquei a língua na tomada. Superadíssimo.

Meus primeiros dias de escola, escola de inglês, faculdade, academia, treinos e provas de triathlon, trabalho, sempre me davam medo, aquele friozinho na barriga, ficava imaginando como seriam, se eu gostaria dos lugares, se a escolha era boa, se teria facilidade em fazer amigos, se as pessoas gostariam de mim e vice e versa, e quanto ao triatlhon se eu terminaria as provas, viva!
Destes tenho boas passagens, quanto à escola, fugi de uma delas, consegui pegar minha mãe dentro do carro e ir embora. E uma prova de triathlon que viajei levando tudo sozinha até Limeira e sem ninguém para torcer e para dar aquele empurrão quando o fôlego está no fim, foi sensacional! Mais que superado.

Medo de ir à escola sozinha e de atravessar a rua, isso porque sempre tem uns desocupados nas ruas que e gente que não respeita sinalizações, mas o que mudou hoje em dia isso? O esperar e observar, “ficar experta” me fizeram superar isso também.

Medo de pegar o ônibus errado, medo de me perder, isso me fez aprender a me programar, estudar caminhos que irei fazer, me ajudou também a aprender que “Quem tem boca vai a Roma!”. Hoje minha memória fotográfica é uma das minhas virtudes. Às vezes falha, mas quem é perfeito?

E o medo do tal do primeiro beijo, Jesus!!! O que foi aquilo? Na realidade, foi uma mistura de ansiedade e medo, assim como a primeira vez!! Não que ambos tenham ocorrido no mesmo momento! Tudo aconteceu no momento certo! Porém, superadérrimo, e os dois são bons demais!

Primeiras baladas, primeiros porres, sinceramente acho que o medo estava mais no conseguir voltar viva! Bom com relação a estes prefiro continuar me arriscando!!!!

Namoros, vixe o medo acho que sempre é constante, será que vai dar certo? Uns deram outros não. Mas depois de alguns dias a gente supera! Com certeza!

Medo em perder alguém para sempre. Dar adeus dói, perdi pessoas muito queridas, todos iremos passar por isso, nunca é fácil, mas a lembrança delas é eterna, tenho certeza que estão cuidando de nós lá em cima. Acho que não posso falar que isso é algo superável, mas o melhor é se conformar e transformar a perda em algo memorável.

Uns dos meus maiores medos, na realidade chama-se Vitória, contraditório com o medo não é? Pois é! Vitória é minha filha! Ela foi meu maior medo! Medo bom, mas um medo que quando eu seguia para a sala de cirurgia sozinha no dia em que ela nasceu, me fez chorar compulsivamente, e pensar no: e agora? Será que vou conseguir ser mãe e uma boa mãe? Era só o que vinha na cabeça! Esse medo eu enfrento todos os dias, porém, ela não pode e nem sabe desse medo, pois senão meu medo será o medo dela no futuro, mas a vida se renova não é, afinal todos os medos que passei, serão agora superados dia a dia por ela, importante mostrar a ela que nada é impossível, mas sim, que tudo pode ser superado, afinal, olha eu aqui!

Enfim, sei que ainda existem muitos medos a serem enfrentados pela frente! Mas com a pequena princesa eles ficam mais fáceis!

Meus medos tiveram muitas contribuições me tornam mais confiante a cada momento que derrubo um deles, fizeram e fazem minha história!

E vocês quais foram suas superações?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Conto de Fadas


Semana passada o assunto do momento, foi o casamento do Princípe William e da Princesa Kate.

Muito bem, acho que esse momento foi mais interessante e esperado para as mulheres do que para homens, “acordar as 06:50 da manhã só para ver o casamento real e blá blá blá? Melhor assistir as reprises dos melhores momentos nos telejornais!!” (daí ele volta cobre a panqueca e dorme). Tenho certeza que foi o que muitos companheiros, maridos, amasiados, tios, pais, e etc. pensaram.

Podem achar o que for, mas que grande parte do público feminino estava antenado, estava, vai por mim! Eu mesma vi e assumo sem qualquer vergonha!

Para muitas mulheres a curiosidade foi para saber qual o modelito do vestido, somadas a estas estavam aquelas que gostam de ver as celebridades presentes ao evento, que venhamos e convenhamos o que eram David Beckham e Yan Thorpe hein!, e todas juntas tenho certeza que sonhavam acordadas se imaginando no lugar de Kate!

O Príncipe William passa aquela ideia de ser um lord melhor um LORD (ênfase)! Não sei como as coisas são na vida real Real, mas acho que não tenho motivos para mudar a opinião.

Mas, será que é bom fazer parte de uma realeza cheia de protocolos a serem seguidos, e olha são diversos os protocolos, todos os cuidados a serem tomados, e etc. Ter sua liberdade totalmente tosada, pessoas te perseguindo e te fotografando!

Enfim, minha intenção, não é saber a vida que ela vai levar daquele momento para frente, espero que eles sejam felizes para sempre, não é?

Acho que os olhos brilharam, na realidade com a concretização de um sonho, a realização de um conto de fadas!

Muitas vezes nossa realidade limita-se a vivermos um conto de fadas ala Shrek, e olhe lá, ou beijarmos muitos sapos esperando que um deles se transforme no tão esperado príncipe!

Acho que esses acontecimentos tiram um pouco a gente da realidade, faz a gente sonhar, e acreditar que contos de fadas existem, afinal, sonhar não custa nada! Além disso, mudou um pouco o foco dos noticiários da TV que só nos trazem tragédias e desgosto, de um mundo desumano, cruel, violento, tenso!

Afinal contos de fadas, de acordo com os livros, sempre tem um final feliz, mesmo mordendo a maça envenenada!

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Sofrer

Sabe por que você sofre por amor?(Por Rosana Braga)

Melhor dizendo, sabe por que você, eu e todas as pessoas do mundo sofremos, por qualquer que seja o motivo? Porque resistimos, rebelamo-nos e travamos uma luta contra o que está acontecendo e que não tem nos agradado!

Ou seja, não aceitamos a vida como ela está se mostrando num determinado momento. Não aceitamos o fluxo e passamos a investir pensamentos, sentimentos e emoções, e muitas vezes também palavras e ações, pra revelar nossa imensa indignação diante do acontecimento que está em desacordo com a nossa vontade.

E você poderia se justificar dizendo que faz isso porque não é acomodado, porque luta por aquilo que quer e porque acredita que quem não faz nada para mudar o que não está bom, é covarde, derrotado e fraco.

Compreendo seu ponto de vista e tenho certeza de que parte do seu argumento faz sentido. Mas explico: existe uma enorme diferença entre fazer o seu melhor e tentar tudo o que for possível (sem desrespeitar o limite do outro, claro!) para conseguir o que deseja e... não saber reconhecer a hora de parar e confiar no Universo, a hora de deixar a vida rolar...

Porque, no final das contas, é isso que se chama FÉ! Ou seja, confiar, entregar-se ao ritmo da vida sem ficar contestando, brigando, resistindo, tentando se convencer ou convencer o outro de que as coisas deveriam ser diferentes! Não deveriam!!! Se devessem, simplesmente seriam diferentes!

O fato é que nem você e nem ninguém tem controle sobre o mundo, sobre outra pessoa e, muitas vezes, nem sobre a própria vida. Nosso "controle" é parcial, é limitado, vai somente até onde estamos conscientes; e, acredite: a grande maioria de nós está bem pouco consciente diante de tudo o que existe ao nosso redor!

Podemos decidir muitas coisas, podemos e devemos fazer escolhas a todo momento, mas tudo isso tem influência sobre os resultados até certo ponto. Somos apenas uma pequena parte do todo e, por isso, vivemos também sob a influência do imponderável, do inexplicável, do invisível e até do impensável. Ou seja, vivemos sob as demandas do incontrolável.

E isso significa dizer que, muitas vezes, depois de já ter tentado tudo o que podia, depois de ter feito o melhor que conseguia, não haverá mais nada que você possa fazer para mudar uma situação senão aceitá-la exatamente como ela é, senão confiar na sabedoria da vida e acreditar que o que tiver de ser, será! Que o melhor pode estar por vir se você realmente estiver disposto a aprender, a não repetir os mesmos erros e a, sobretudo, se perdoar pelo que não conseguiu acertar desta vez!

E quando você consegue fazer isso, quando consegue respirar fundo e simplesmente confiar, é inacreditável como você relaxa e tudo começa a fazer mais sentido, tudo começa a ficar mais fácil do que tem sido... Ou seja, o sofrimento começa a diminuir, a dor começa a passar e você termina descobrindo que nada é por acaso mesmo!

Especialmente quando o assunto é dor de amor, sofrimento por alguma frustração ou desilusão amorosa, a gente costuma acreditar que nunca vai passar, ou que vai demorar mais do que podemos suportar, ou ainda que as consequências serão desastrosas, como nunca mais confiar em ninguém, nunca mais se entregar ou nunca mais sequer se relacionar.

Mas embora o tempo tenha seus segredos e poderes, há algo que você pode fazer agora para diminuir seu sofrimento, pra sentir essa dor sumir pouco a pouco. E isso é aceitar, confiar, entregar-se ao ritmo da vida, deixar-se levar com o fluxo do Universo e viver um dia de cada vez, sem fazer tantos planos, sem investir tantos pensamentos e tanta energia nesse acontecimento com o qual você não concorda! Apenas o agora, apenas este momento. E verá, surpreendido, que é bem mais fácil viver quando a gente para de brigar e simplesmente acredita que, ao fazer o nosso melhor, o que tiver de ser nosso, será - mais cedo ou mais tarde!
(Texto de Rosana Braga)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Escolhas (Por Rosana Braga)

Você escolhe ou é escolhido? (Rosana Braga)

Que a vida é feita de escolhas, não resta dúvida. Escolhemos a todo o momento, seja consciente ou inconscientemente. Inclusive, até a decisão, também consciente ou não, de não escolher, é uma escolha. E algumas vezes, uma das mais perigosas!

Acontece que, por falta de autoconhecimento ou até mesmo por medo de descobrir que o momento é de espera e de não saber lidar com a ansiedade que esta expectativa provoca, muitas pessoas se deixam escolher e depois simplesmente se lamentam pelas conseqüências, como se nada pudessem ter feito.

Quando se trata de relacionamentos amorosos, a preferência por se deixar escolher é mais frequente do que imaginamos. Talvez seja a razão por que tantas pessoas se dão conta, depois de algum tempo, do quanto poderiam ter evitado algumas catástrofes emocionais, se tivessem sido mais imperativos no momento da escolha, se tivessem dado ouvidos à sua intuição ou aos sinais que a vida mandou... Porque ela sempre manda!

Sim, é verdade que existe um dito popular avisando que "quem muito escolhe acaba escolhido". Entretanto, o lembrete serve para nos alertar sobre o excesso de críticas, o orgulho exagerado ou a análise que paralisa, que impede a tomada de decisão.

Ou seja, o ideal é aprender a calibrar o coração para que não haja nem negligência no ato de decidir se é hora de exercitar o amor ou de esperar, nem um medo sem sentido de tentar de novo. Pessoas carentes demais, que aceitam qualquer relacionamento para aplacar seu pavor de ficar só e ter de encarar a si mesmo e suas limitações, certamente, vão terminar e começar relações sem se questionarem qual o aprendizado, qual o amadurecimento para um futuro encontro que seja mais satisfatório e harmonioso.

Por outro lado, pessoas críticas demais, orgulhosas demais ou que morrem de medo de se entregar a uma relação e vir a sofrer, também pagarão um preço alto, muitas vezes amargando a solidão e se privando da alegria e do privilégio de vivenciar o amor.

Minha sugestão é para que você, em primeiro lugar, tenha muito claro para si o que realmente deseja viver quando o assunto é amor. O que tem para oferecer? Quanto se sente preparado para lidar com as dificuldades que vêm à tona num relacionamento, sejam elas ciúme, insegurança, falta de auto-estima, ausência do outro, diferenças de ritmo, etc.? Quanto já aprimorou sua habilidade de se comunicar, de falar sobre o que sente, o que quer e, principalmente, de ouvir o outro e tentar uma conciliação sempre que necessário?

Depois, com um mínimo de autoconhecimento, sugiro que você se questione e reflita sobre sua noção de merecimento e crenças. Quanto você realmente acredita que merece viver um amor baseado na confiança, na lealdade e na intensidade? Quanto você realmente acredita que possa existir um amor assim? Pode apostar: se você não acredita nesta possibilidade, dificilmente vai viver uma relação que valha a pena, simplesmente porque esta opção não faz parte do seu universo, do seu campo de visão.

E, por último, mais do que ansioso ou distraído, mantenha-se tranqüilo e seguro de que o amor acontecerá no momento certo. Nem antes e nem depois. Não é preciso que você busque desesperadamente. Apenas viva a partir do que existe de melhor em você e permaneça presente, atento ao que acontece ao seu redor. E todo o universo estará conspirando a seu favor, porque, afinal de contas, nascemos para amar e sermos amados.
(Por Rosana Braga)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

DR

Ultimamente tenho ouvido falar muito em duas letras “DR” (Discutir a Relação ou Discussão do Relacionamento...whatever qual seja a grafia certa, todos sabem do que tô falando)!
O problema é que muita gente vê isso como um pé no saco! (E isso não é só na visão masculina)
Na realidade eu particularmente prefiro substituir as letras “DR” pela palavra DIÁLOGO.
E me refiro aqui a quaisquer tipos de “relacionamentos” não especificamente a relacionamentos entre homem e mulher somente, afinal a vida é isso nos relacionamos todos os dias com pessoas, então, dialogar é hiper importante, pois, só assim chegamos a definições ou conclusões. 
Acho que DR é desculpa inventada por pessoas que não sabem dialogar e sempre que alguém tenta resolver alguma coisa com elas é uma tortura! Please!!!!!! Tentar resolver algo, consertar um mal entendido, o que tem demais nisso? Desde que as pessoas sejam objetivas e exponham o que sentem qual problema?
A gente sempre tem que se colocar no lugar do outro, pois, um dia teremos vontade de falar o que nos incomoda e esperamos que o outro seja receptivo! E ser receptivo no mínimo já é uma demonstração de respeito.
Notem também que existe uma diferença entre escutar e ouvir. É como sempre digo escutar, qualquer um escuta, mas...não processa, não raciocina o que o outro esta falando, ouvir difere porque você processa e debate com o outro.
E em adição a questão do escutar e ouvir... manja aquela frase que diz “Quando um burro fala o outro abaixa a orelha!”, ela é muito verdadeira, se todo mundo resolve falar junto, vira um furdunço, loucura, discussão, nada saudável, casa de italiano!
Penso que tentar consertar algum mal entendido, ou entender uma ação, omissão, reação, uma frase mal dita, enfim, demonstra que aquela “relação” é importante e vale a pena ser mantida.
Deixar aquilo remoendo e te atazanando as ideias, não é legal, fica aquele bolo no estômago, aquilo martela e martela, e se você não fala fica aquela coisa mal resolvida.
Daí eu aconselho, vai lá respira fundo e fala! Vai ver como vai se sentir leve, o peso das costas sai, mesmo que a coisa não se resolva do jeito que se espera, mas você fez sua parte, e se o outro não te respondeu, não dialogou, ou foi evasivo, frio? Não tem problema, você fez sua parte e não se preocupe, pois, com certeza o outro vai pensar nem que seja um pouquinho no que você falou!
E se não tem jeito, você não consegue de jeito nenhum chegar a quem você quer para conversar, ou, se a dificuldade é saber lidar com você mesmo procura um psicólogo, ué, porque não?
O negócio é ir de coração aberto, desarmado, e deixar orgulho de lado, nestas condições não existe erro, medo, vergonha, estas últimas três palavras deixamos para os fracos, para os que acham que a “DR” ou no meu caso que estou substituindo as letras por diálogo é um pé no saco!
Afinal DR ou diálogo é = Relacionar-se!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Vai continuar morrendo de fome ou vai aproveitar a festa? (Rosana Braga)

Não sei se por questões culturais, religiosas ou pessoais, ou talvez seja por todas elas juntas, mas o fato é que, por mais estranho e paradoxal que pareça, a maioria das pessoas desperdiça o convite VIP que recebeu ao nascer e, negligentemente, joga fora a oportunidade de aproveitar a grande festa chamada Vida!

A excêntrica tia Mame, do filme Auntie Mame (1958), repete uma assertiva que, desde a primeira vez que ouvi, achei de uma medida perfeita e urgente. Embora possa parecer agressiva, num primeiro momento, ela é, acima de tudo, provocativa - um convite à reflexão e um apelo ao abandono de uma das maiores ilusões do ser humano: a de que viver e amar têm a ver, fundamentalmente, com sofrer.

A frase é:
"A vida é um banquete maravilhoso e a maioria dos idiotas continua morrendo de fome"!

Prefiro acreditar que você não se julgue - pelo menos não o tempo todo - um idiota. Mas certamente, em algum momento, após ter feito algo que rendeu prejuízos, sobretudo a si mesmo, já se sentiu um completo e patético idiota! Até aí, nenhum "privilégio", já que a grande maioria de nós se sente dessa forma alguma vez na vida.

O problema é quem passa a vida toda se boicotando, afundando-se em reclamações e reforçando a crença medíocre e lamentável do "se". "Se" tivesse isso ou aquilo, "se" fosse assim ou assado, "se" conseguisse, "se" conquistasse, enfim, uma interminável lista de impedimentos à própria felicidade. Obstáculos que a pessoa impõe a si mesma por se recusar a enxergar o banquete servido bem diante do seu nariz!

Sei que afirmar que a vida é aquilo que você acredita que ela seja, ou que o melhor está na simplicidade, e disponível para quem quiser, é cair no lugar comum e, para alguns, beira o pedantismo, mas é absolutamente surpreendente constatar o quanto essa verdade "é verdadeira" e o quanto ainda não foi compreendida, por mais que já tenha sido repetida incontáveis vezes.

Continuamos deixando a desejar quando se trata de sentar-se à mesa do tal banquete e se servir, se esbaldar, se lambuzar! E assim, feito idiota, a maioria continua morrendo de fome! Muitos, inclusive, morrem sem nunca terem se comportado como convidados realmente, como se o melhor da vida fosse reservado somente a alguns, que não eles.

Assim, presos à idéia de que não podem, não devem ou não sabem como, vão aceitando migalhas, deixando o melhor para quem - na opinião insegura deles - merece mais e, enfim, passam seus dias conformados com uma vidinha mais ou menos, um relacionamento "meia-boca", bem pouco de intensidade, quase nada de novos sabores, e talvez nada da autêntica felicidade!

Pois muito bem! Se você está cansado de se sentir deixado de fora da grande festa, sugiro que comece a se comportar, a partir de agora, como o convidado de honra que de fato você é! Mude sua postura, levante os ombros, olhe adiante e se apodere total e completamente do seu direito de estar neste mundo!

Apodere-se também do seu merecimento de viver um amor que valha a pena, que agite suas células e faça seu coração amadurecer. Se já tem um, invista nele como nunca fez antes. Aja como um apaixonado e transforme pequenas ocasiões em cenas dignas de Hollywood. No seu trabalho, comporte-se como mestre e senhor de suas funções e faça a diferença. Você não é apenas mais um. Você é um único, exemplar exclusivo na humanidade!

E acredite você ou não, as portas da festa da vida irão se abrir, os anfitriões irão recebê-lo com pompas, os garçons irão servi-lo à vontade e a música vai rolar o tempo todo. Cabe somente a você a decisão de ficar apenas olhando ou, finalmente, fazer como manda muito bem a canção de "As Frenéticas": "Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nessa festa!" até descobrir, com todos os poros de seu corpo, que o kit felicidade (sorrir, amar, conquistar e ter prosperidade) é muito mais uma questão de escolha individual do que de condições externas!

(por Rosana Braga)

quinta-feira, 3 de março de 2011

O NOVO


É difícil terminar um relacionamento não é?

Não sei para quem é mais difícil, se para quem deseja terminar ou se para quem a noticia vai chegar.

Bom, eu já estive dos dois lados da situação e até agora sinceramente não sei qual o pior, acho que vai depender muito da situação, mas de qualquer forma nunca é fácil.

Na realidade não é sobre fim de relacionamentos que pretendo falar, mas sim, sobre o início após o fim!

Vamos combinar que não é tão difícil assim começar um relacionamento, o “X” da questão tá no manter!

Mas a questão é como começar um relacionamento, depois de ter saído de um que te marcou? E esse “marcar” não sei nem se está ligado ao fator tempo, muitas vezes sim, mas vai muito da situação e das pessoas.

Enfim...eu penso que o primeiro ponto é que devemos dar um tempo ao nosso coração e cabeça, engatar um relacionamento logo atrás de outro, só o pessoal da ilha de CARAS é que consegue essa proeza, o melhor é não envolver outra pessoa nessa confusão, acho que nesse caso é ruim para ambos, e também estamos tão viciados ao jeito do antigo que ficamos buscando no novo o jeito do velho! E NUNCA será igual, daí, você se decepciona e sua situação se complica.

Segundo ponto, saia para se divertir, desencana, converse com amigos, curta, tenha seu tempo, se descubra, só assim vai ter condições de saber exatamente o que quer.

Terceiro ponto, estar preparado e de cabeça aberta para conhecer pessoas....Como eu disse muitas vezes ficamos buscando o jeito do velho no novo, mas na realidade temos de estar de mente aberta e perceber o novo, vai que o novo tem coisas boas a ensinar, e ser uma ótima companhia.

Quarto ponto, nunca perder sua identidade, não tentar ser a pessoa que você não é para que te aceitem, ou tentar ser a pessoa que o velho queria que você fosse NÃO! Se não deu certo, não deu certo, cada um tentou ser do seu jeito e as almas não se encontraram naquele momento da vida de vocês. Tente sim, melhorar o que você sabe que pode ser melhorado em você e na sua maneira de agir, mas nunca tentar ser aquilo que as pessoas esperam que você seja.

Talvez exista o quinto, o sexto, o sétimo, enfim, infinitos pontos, mas acho que o que tem de ficar claro é que você precisa estar bem com você mesmo para iniciar algo e se permitir que alguém faça parte do NOVO. Afinal, o que entendemos por “novo”, algo que nunca foi usado (no bom sentido, mentes poluídas!), como eu disse em um dos meus posts, o novo te trás páginas em branco que estão ali para serem preenchidas, e aqui, no caso, deixar que alguém preencha essas páginas junto com você.

Afinal, quem quer ficar sozinho para sempre e ficar remoendo o passado, e se tornar uma pessoa amarga? Sorrir, gostar, ficar, beijar, dormir junto, cafuné, papear e outras cocitas é “baum de mais sô”! (hum...muita influência mineira!). Só acho que não devemos nos deixar dominar pela carência, ela desespera e faz a gente meter os pés pelas mãos.

E se no fim você perceber que é o velho o que você ainda quer, porque não encarar aquele ditado do “lavô tá novo”, quando a poeira baixar quem sabe não vale a pena uma reedição.

Enfim, com o velho reeditado, com o novo, ou vários novos que irão aparecer, o importante é preencher as páginas de modo que sejam harmoniosas, não espere que saiam grandes best-sellers, mas com certeza sairão histórias que ficarão registradas, e daí torcer para que no fim uma destas histórias se divida em vários volumes.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não se culpe por um erro que não cometeu! (Rosana Braga)

Este texto não é de minha autoria, mas achei muito bom! 

Não se culpe por um erro que não cometeu!
:: Rosana Braga ::
Sou a primeira a defender a idéia de que é preciso pedir desculpas e rever seu comportamento quando se comete um erro, mas também rapidamente me levanto para defender uma acusação injusta. E se é mera coincidência ou recorrência de enganos, eu não sei. Mas o fato é que tenho ouvido histórias parecidas de pessoas que se sentem culpadas pelo fim de um relacionamento sem terem, na verdade, essa responsabilidade, ou pelo menos não desse tamanho!

Veja bem! Todo relacionamento é feito de duas pessoas, e isso é reconhecido e aceito por todos. Mas por que será que a tendência é de que só um seja responsabilizado pelo que saiu errado? Por que, em geral, um ocupa o lugar de certo, sabichão e o outro aceita o lugar de culpado?
Explico: em geral, os espertos fazem o que querem, saem com os amigos sem dar a menor satisfação e sem considerar a opinião e a vontade do outro, contam mentirinhas com a cara mais deslavada do mundo, mas sempre encontram justificativas para fazer valer cada um de seus argumentos.

O outro, por sua vez, em geral se submete, faz o que o "manipulador" quer, na hora que ele quer e, no final das contas, ainda sai como culpado, responsável pelas brigas e desentendimentos. Sua fama é de ser intransigente, cobrador, briguento e, diante do menor deslize, do menor revide, será acusado, julgado e condenado sem nenhuma chance de defesa.
Ainda que a relação continue, ouvirá 'todo-santo-dia' o quanto merece ser punido por aquele tal erro cometido, num fatídico dia em que se cansou dos desaforos do outro. Perde todo e qualquer direito de expressar o que sente, especialmente se seu sentimento for contrário ao que o espertinho quer fazer.

Bem, verdade seja dita: tá tudo errado! Tanto o que sacaneia impiedosamente, responsabilizando o outro de forma sutil e extremamente eficiente pela relação ter chegado a este ponto; quanto o que se deixa acusar, aceitando as torturas e punições dia após dia, vestindo a carapuça de culpado e se lamentando o tempo todo! Resumindo: juntou a fome com a vontade de comer, e deu nesse exagero e descompasso!

Agora, enquanto um bate e o outro apanha, resta-nos descobrir quem vai reclamar da brincadeira primeiro. Em geral, é quem está apanhando, obviamente. E a situação é mais ou menos assim: o bom de lábia apronta várias: mente, trai, aparece e desaparece quando bem entende. Hoje, está uma seda, todo gentil, carinhoso, cheio de promessas e declarações de amor. Amanhã, sem motivo que o justifique, é grosseiro, frio, não aceita perguntas e se faz de ofendido diante da menor desconfiança ou pedido de explicação do outro. O culpado, por sua vez, termina se deixando convencer de que realmente não deveria ter dito o que disse, que pegou pesado e que nem tem provas para estar tão desconfiado ou ter ousado culpar o outro do que quer que seja.

E o pior é quando o espertinho termina a relação justificando que não aguenta mais ser alvo de tantas acusações, e que ele, sim, tem motivos para desconfiar do outro... afinal, teve aquele dia, aquele deslize que ele julga fatal, do qual ele jamais vai se esquecer e muito menos perdoar. Daí, tá armada a cama de torturas! O culpado vai sofrer desesperadamente, acreditando que tudo terminou dessa maneira porque ele foi ansioso, impaciente e injusto! Vai se lamentar dia e noite por tudo o que disse e, certamente, também vai pedir perdão pelo que fez, pelo que não fez, e pelo que jamais sequer pensou em fazer. Vai pedir perdão por tudo, sem ter feito - de fato - absolutamente nada que realmente justificasse o comportamento do outro e o final da relação.

Se você está passando por isso, sendo responsabilizado constantemente pelo desgaste do relacionamento, pelo enredo torto que ele tem seguido ou até por ter chegado ao fim, preste atenção: quem ama, respeita, conversa, interessa-se pelos sentimentos do outro, tenta chegar a um consenso e, acima de tudo, tem o mínimo de constância em suas atitudes. Quem ama, não termina sem antes tentar de outro jeito, ceder um pouco mais, colocar-se no lugar do outro. Quem ama, não age de modo dissimulado, sempre dando um jeito de reverter a situação e fazer o outro se sentir mal, culpado pelo que disse!

E, sendo assim, se o espertinho da sua vida terminou o namoro ou o casamento e agora só quer ficar com você, argumentando que não dá para voltar a ficar junto porque você não é confiável, mas também não lhe deixa em paz, especialmente, quando você arrisca outra relação ou quando ameaça nunca mais ficar com ele, abra os olhos! Esse pilantra tá tentando minar sua auto-estima, acabar com suas convicções e fazer você acreditar que realmente não é uma pessoa sensata.

Lembre-se que a decisão sobre o que vai ser da sua vida é, em última instância, sempre sua. Portanto, saia dessa cama de torturas e vá à luta, em busca de sua felicidade e, sobretudo, de um amor de verdade, porque esse é mais falso que CD pirata, vendido no camelô de feira de rua! E pode apostar: se for amor de verdade, se o danado apenas bobeou, certamente vai rever seu comportamento, mudar sua postura e vai assumir você!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Mães

Puxa vida assunto complicado, porque EU sou mãe!

Eu costumo falar que a gente só sabe o que é ser mãe, quando temos os nossos filhos. E olha não é fácil, é divino, mas nada fácil.

Falo porque, olha minha mãe sofreu comigo eu aprontei! Mas, levei bronca muitas broncas...mas filho é assim nunca entende o que a mãe esta querendo dizer nas entrelinhas diante daquele histerismo sem cabimento, quer dizer que para nós (Filhos) é sem cabimento.

Mas putz... olha agora entendo um pouco o porque de tanto drama, o porque do... leva o casaquinho!, o porque do... me liga quando chegar lá tá? (mesmo você tendo passado dos 30).

Mãe sempre vê filho, como algo dela, para sempre dela... ela que carregou na barriga, que sofreu com as cólicas, que protegeu do mundo, que perdeu noites de sono( quando você era bebê e mesmo quando começou a sair de balada)!!!!.

Então, de uma certa forma ela “te cobra”, por tudo isso que ela passou. Daí ela acha tudo injusto, se você esconde algo dela “é um absurdo, porque você não dividiu isso comigo, mas você prometeu que eu seria a primeira a saber”. Assim, mãe simplesmente não entende que você cresceu, pois para ela você será sempre a criança dela. Minha mãe quando conversa com os amigos, parentes ou sei lá o que, sempre fala “ah... as crianças estão bem!” Que criança, tenho dois irmãos um de 40 e o outro de 34, e eu de 33! Hello????, mas percebe que para elas seremos eternas crianças.

Duro é quando, não caiu a ficha e ela te trata como no Século XIX, ai é ruim, não te deixa dormir fora de casa, quer conhecer seu namorado, quando nem você conhece o cara direito, daí é dose, em pleno Século XXI, preocupação louvável, nos dias de hoje, mas não dá para viver a vida do filho 24hs.

Mas até ai, minha mãe, por exemplo, sabe que cresci e não me trata o tempo todo como uma adolescente despreparada para o mundo. Na realidade minha relação com a minha mãe é melhor hoje do que antes, hoje sim ela é minha melhor amiga, hoje conversamos, dialogamos.

E EU hoje tenho um terremoto de dois anos em casa, e “mano” ela é minha jóia, viro uma leoa se acontece algo com ela, daí me pego pensando como será que eu irei educa-la? Da mesma forma que a minha mãe me educou, ipsis litteris? Será?

Não reclamo da educação que meus pais me deram, e sou agradecida eternamente por essa educação, se sou quem sou hoje é por causa deles, e boa parte dessa educação será repassada a minha princesa. Mas, sei que em muitas coisas poderei aliviar, ou seja não pegar tão pesado como minha mãe fez comigo com certas coisas, de acordo com o meu aprendizado, com a minha vivência eu posso mostrar de uma forma e linguagem mais simples os riscos que certas atitudes podem trazer.

Toda mãe fala: “criamos os filhos para o mundo” será? Rsrs tentamos, mas muitas vezes o mundo é quem acaba criando, o importante é colocarmos no mundo pessoas, dignas e honestas.

Mas minha pequena, óbvio nunca vai deixar de ser a pequena da mamãe!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ressaca Moral

Acho que pior do que ressaca de bebedeira é a ressaca moral. Né?

A resseca da bebedeira você toma um Advil PM e fica tudo bem, tá pronto pra outra. Mas a moral não passa, nem com “reza braba”, aquilo fica martelando na sua cabeça. Mas qualquer uma das duas vão te deixar com um gosto de cabo de guarda-chuva na boca!

Se as duas vieram unidas e a resseca da bebedeira te faz esquecer a ressaca moral, você ainda tem uma desculpa, (mas olha só, nesse caso, você vai sempre ter alguém, que não bebeu tanto quanto você ou que simplesmente não bebeu, para te lembrar, vai por mim!!), mas quando mesmo assim você consegue lembrar e não só lembrar das partes que te interessam ou te favorecem.... O que fazer?

Ai vai depender do quanto sua ação ou omissão causou?

Vamos pensar pelo lado de que pessoas ficaram chateadas, a consciência SEMPRE pesa, e já é uma ótima atitude aceitar que você pode ter chateado pessoas e que agiu exageradamente sem necessidade, e sendo assim, um pedido de desculpas ajuda bem viu! Aliás, orgulho é démodé!

Percebe que o chato da ressaca moral faz com que os outros notem as suas fraquezas, e ela nem sempre precisa estar acompanhada de bebida para ficarmos com a sensação de que fizemos uma “M....” (bem grande), basta ação ou omissão. Tudo bem que nem sempre temos noção de: do que é certo para uma pessoa, é errado para outra, beleza! Mas o importante é ter o mínimo de noção do que se faz ou fez.

E lembre-se de que sua ação ou omissão muitas vezes justifica atitude das pessoas para com você e que você não gostou! Saca?

Bom seja lá qual o tipo da Ressaca (que aliás existem vários) é que se você não resolve, ou seja não toma o Advil PM ou não resolve com quem você quer o problema, ela vai continuar lá causando um mal estar danado.

Então, bora lá tomar um Advil PM ou papear?